Tags

, , ,

 

Quando eu tinha uns 7 anos, queria muito ser astrounata. Viajar para o espaço num ônibus espacial, flutuando pelas entranhas da nave e falando em camera lenta enquanto olhava emocionado o planeta azul se afastando. Talvez encontrasse algum alien na viagem que matasse toda a tripulação e eu fosse o único sobrevivente voltando pra casa numa clima “nego véio fodão”, tipo Arnold Schwarzenegger no final do Predador voltando de helicóptero.

 

Com 8 anos queria ser nadador e participar nos jogos olímpicos. Numa disputa acirrada com algum americano multicampeão, venceria por uma braçada, 0,00009 segundos de diferença, alcançando a glória total e trazendo a medalha dourada para o Brasil, sendo recebido com festa nas ruas da cidade, um herói nacional.

 

Sempre quis uma

 

Ao completar 9, o negócio era ser cientista! Elaborar umas fórmulas com tubos de ensaio, usando um óculos protetor e roupa branca, cabelos arrepiados e olhar de maluco, inventando o spray da invisibilidade, a arma a laser, a mochila voadora, o óculos que se permitia enxergar através das paredes, e enfim, tudo o que uma criança quer ter, o que vê nos filmes, essas coisas.

 

Com 10 anos o negócio era escavar e encontrar ossos de dinossauro. Possuía uma coleção de bonecos de dinossauros e sabia todos os nomes, elasmossauro, triceratopes, espinossauro, braquiossauro, dinonico, etc… Culpa do Jurassic Park.

 

Com 12 anos o lance era pilotar! A ferrari tava me esperando bixo! Futuro campeão da fórmula 1, descendo lenha em interlagos, deixando o tio Schumacher na vácuo, o Pelé daria a bandeirada da minha vitória. Isso com 12 anos hein, as garotas com 12 já sonhavam em ter marido e uns 3 filhos.

 

É, e fui o herói de todos os meus sonhos,  heróis dos filmes que assitia, dos livros que lia, fui o grande rei do mundo da imaginação, infância vivida! Infância aproveitada ao máximo e sem arrependimentos… Talvez alguns como não ter pego aquela guriazinha da rua que vivia dando mole, e o cara como era muito novo, palhaço que só pensava em brincar, não tava nem aí pra ela, mas é aquela história, garotas se desenvolvem mais rápido.

 

Ah velha!

 

Como todos sabem, não realizei nenhum desses sonhos, talvez alguns no video game, e pra dizer a verdade, esses sonhos ficaram pra trás no momento em que ganhei um violão da vovó, afinal, “Sem uma canção o dia nunca chegaria ao fim, sem uma canção um homem não tem um amigo, sem uma canção a estrada nunca se curva.” Por isso, continuo a cantar uma canção.

 

 

Abraceraaa!