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Magrão do horário anterior ao meu saiu chorando da pista…
Dessa vez coloquei o capacete. O capacete entrou com alguma dificuldade pois minha cabeça é grande. Minha instrutora tinha uma cara de bunda.
“Já andou de moto antes guri?”
“Só de motoca.”
Primeiro o pézinho, depois a chave, depois o motor, depois os faróis, depois segura a embreagem, depois coloca a primeira, depois liga o pisca, depois vai soltando a embreagem, depois…
Aquilo era muita informação para meu cérebro… Com toda educação perguntei:
“Depois da porra do pézinho faço o que?”
Havia uma garota em outra moto fazendo aula, ela caiu. Larguei a moto e fui ajudá-la, esqueci do pézinho e minha moto também caiu… A véia queria meu couro!
“Como que tu larga a moto assim Diogo?”
Poxa Diogo não né…
Fingi que não ouvi. A moça chorava, não havia se machucado mas era pelo susto. A véia voltava a gritar.
“Diogo! Tu é surdo? Não ta me ouvindo? Hã? Hã?”
Essa galera da auto escola é meia revoltada. Se tu não aprende rápido eles querem te trucidar.
“Meu nome é Diego senhora.”
Aquele “senhora” pareceu realmente incomodá-la. Quando eu for velho quero ser chamado de Senhor, é uma questão de respeito dos mais jovens, não que quisesse chamar aquela velha de velha!
Subi na moto novamente. Comecei o trajeto. Primeiro o chamado labirinto, ligar piscas. Fiz tudo certo mas a véia me criticou. Depois o “oito”, fiz tudo certo e ela também me criticou. Depois os cones, fiz tudo certo e ela me criticou. A rampa foi moleza, me criticou.
O relógio no meu pulso começou a apitar, meu coração acelerou e fiquei verde… Ultrapassei a moça que havia caído e fui na direção da véia. Ela saltou para o lado de forma bela, estéticamente falando foi um belo salto, mostrou flexibilidade. Coroa safada!
Sai da pista ouvindo gritos de “Diogo! Volta aqui.” Não era eu mesmo. Segui o caminho… Na saída o magrão da segurança perguntou:
“Tem carteira pra dirigir isso ai?”
Respondi:
“Tenho carteira até pra pilotar avião…”
Vummmmmmmmmmmmm
Abraceraaa!